Pandemia faz mulheres perderem emprego, mostra IBGE

Foto: Reprodução

O número de mulheres desempregadas no Brasil aumentou. Esse fato não acontecia desde 2009. De acordo com a pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas – 2020 (Cempre 2020), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quinta-feira (23), a participação do público feminino no mercado de trabalho saiu de 44,8% em 2019 para 44,3% em 2020, sendo a menor participação feminina desde 2015 (44%).
“A gente atribui isso a vários fatores. Primeiro teve crescimento de pessoal assalariado em setores que empregam mais homens, como construção, e ao mesmo tempo observou-se redução nos empregos que mais empregam mulheres, como educação e alimentação, atividades mais impactadas pela pandemia. Além disso, historicamente, a mulher fica mais em casa”, ressaltou Thiego Gonçalves Pereira, analista do IBGE responsável pela pesquisa.
No setor do comércio, que é composto por 19% de mulheres, houve queda de 2,5% na participação delas. "Do total de 825,3 mil postos de trabalho perdidos entre 2019 e 2020, aproximadamente 593,6 mil (ou 71,9%) eram ocupados por mulheres", apontou.
Quando analisados os salários em 2020, é possível notar que os homens receberam um salário médio mensal de R$ 3.263,51, o que significa 17,9% a mais que o rendimento médio das mulheres (R$ 2.768,6). Já as mulheres receberam, em média, o equivalente a 84,8% do salário médio mensal dos homens.
أحدث أقدم

Leia o texto em voz alta: