Divisão da direita faz Tarcísio recuar da candidatura à presidência

_Na avaliação do governador, atuação de Eduardo Bolsonaro contribuiu para dividir ainda mais o campo conservador_

Tarcísio estaria inclinada a disputar reeleição ao Governo de São Paulo. - Foto: Paulo Guereta / Governo do Estado de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está mesmo inclinado a disputar a reeleição. Em conversas reservadas, ele tem dito que não pretende ser candidato à Presidência da República em 2026 por causa do cenário de fragmentação da direita.
A avaliação de Tarcísio, segundo publicou o jornalista Gerson Camarotti, da Globonews, é que a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na articulação das sanções aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil contribuiu para dividir ainda mais o campo conservador.

Partido

Tarcísio também tem reiterado a aliados que não pretende deixar o Republicanos para se filiar ao PL, como chegou a sugerir o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Ele tem reafirmado lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro e deve visitá-lo em prisão domiciliar na segunda-feira, 29, mas interlocutores ressaltam que o encontro não tratará de eleições.
Com a saída de Tarcísio do radar presidencial, cresce nos bastidores a força do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que vinha sendo tratado como plano B da direita. Ele tem capitalizado apoios e se aproximado do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ampliando espaço como possível candidato ao Planalto no ano que vem.
Apoio de Bolsonaro
A notícia da suposta desistência de Tarcísio, vem na esteira da confirmação do apoio de Jair Bolsonaro à sua candidatura à presidência. O acordo foi costurado com os líderes do PP e do União Brasil, de acordo com a colunista Andreza Matais, do Metrópoles. A questão apenas é quando a decisão seria anunciada.
De um lado, há os que defendem que isso só aconteça entre dezembro e janeiro do próximo ano, evitando que Tarcísio seja acusado de ter usado o governo de São Paulo como trampolim político.
Por outro lado, há quem lembre que a imprevisibilidade de Jair Bolsonaro deve ser considerada e, desta forma, caberia a ele definir o calendário.
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