O que Lula e PT diziam antes e agora sobre indicar amigos ao STF e à PGR



Por Matheus Tupina | Folhapress
Foto: Fernando Frazão / EBC

O presidente Lula tem colecionado gestos e declarações conflitantes com a campanha eleitoral e a atuação do PT em todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a indicação de membros ao STF (Supremo Tribunal Federal) e o uso da lista tríplice para a indicação do chefe da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Em 2022, por exemplo, afirmou: "Eu acho que a Suprema Corte tem que ser escolhida por competência, por currículo, e não por amizade." Já como presidente, Lula disse que "todo mundo compreenderia" caso ele indicasse Cristiano Zanin, seu advogado em processos na Lava Jato, para uma vaga no STF - o que ocorreu nesta quinta-feira (1º).
Lula afirmou ainda não pretender repetir a indicação para a chefia da PGR por meio da lista tríplice, feita em eleição interna entre procuradores.
Bolsonaro ignorou a lista por duas vezes ao escolher Augusto Aras para a PGR, e, na ocasião, o PT chegou a divulgar nota afirmando que o caso mostrava despreparo do então mandatário. O ex-presidente também disse que a amizade dele seria um critério importante para fazer a indicação de ministros ao STF, ao tratar da escolha de Kassio Nunes Marques para o tribunal.
"A questão de amizade é uma coisa importante, né? O convívio da gente. Eu vou indicar o ano que vem, primeiro pré-requisito: tem que ser evangélico, 'terrivelmente evangélico'. Segundo pré-requisito: tem que tomar tubaína comigo, pô", disse Bolsonaro.
Veja o que Lula e o PT diziam antes e agora sobre a indicação de membros ao STF e à PGR:

PGR (DESPREPARO E DESRESPEITO À INSTITUIÇÃO)

Em 2019, o PT chegou a divulgar nota após Bolsonaro escolher Aras para comandar a PGR, um nome que não constava na lista tríplice enviada pela categoria ao então presidente.
"O caso é mais um exemplo do despreparo de Bolsonaro para o cargo que ocupa, envergonhando uma posição que durante 16 anos foi preenchida de maneira brilhante. Durante seus governos, Lula e Dilma [Rousseff] sempre respeitaram a lista tríplice da ANPR e, na maioria das vezes, escolheram o mais votado pelos procuradores", disse a nota do partido à época. (Leia mais...)
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