Moedas: dólar sobe ante euro e iene, mas perde para libra, com Fed e PMIs


O dólar terminou a tarde em alta ante o euro e iene, mas em baixa na comparação com libra. Na véspera da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), a perspectiva de que o BC americano terá que deixar as taxas de juros em um patamar alto por mais tempo do que o esperado anteriormente continua em foco. Do outro lado do Atlântico, índices de gerentes de compras (PMIs) do Reino Unido influenciaram os negócios da moeda local.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 134,93 ienes, o euro caía a US$ 1,0653, e a libra tinha alta a US$ 1,2106. O índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais fortes, fechou em variação marginal positiva de 0,31%, a 104,176 pontos.
“Acreditamos que, nesta fase, pode ser devido principalmente a fatores externos – como notícias da Ucrânia e China ou uma deterioração geral no sentimento de risco – para empurrar o dólar ainda mais alto”, destaca o ING, que acrescenta que a ata do BC americano pode não corresponder ao tom hawkish após os fortes dados de empregos e inflação divulgados depois da reunião “O dólar sobe à medida que uma deterioração no sentimento de risco leva os investidores a ativos seguros, mas os ganhos da moeda são limitados”, acrescenta o banco holandês.
“O aumento das taxas de juros está pesando sobre o apetite por risco e o dólar está amplamente mais forte”, disse Marc Chandler, da Bannockburn, em nota. Ele espera que o iene enfraqueça ainda mais. “A correlação entre as taxas mais altas dos EUA e um iene mais fraco está aumentando”, completa.
Com relação à libra, o dólar perdeu, em meio a dados fortes que mostraram sinais de resiliência da economia do Reino Unido: o PMI composto do Reino Unido, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 48,5 em janeiro para 53 em fevereiro, atingindo o maior nível em oito meses e superando a barreira de 50 que sinaliza expansão da atividade.
No entanto, para a Capital Economics, essa leitura do PMI indica que a atividade em diversos setores da região se recuperou em fevereiro, mas que esse movimento de recuperação “não deve durar”. A consultoria acredita ainda que a economia britânica deve entrar em recessão, prevendo que o Banco da Inglaterra (BoE) deve “aumentar as taxas de juros ainda mais, partindo de 4% agora para um pico de 4,5%”.

Estadão Conteúdo
أحدث أقدم

Leia o texto em voz alta: