Bahia foi o estado do Nordeste com o maior nº de empresas inadimplentes em setembro

Por Bahia Notícias

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Dos 6,3 milhões de empresas com contas em atraso em setembro no Brasil, 329.174 foram da Bahia, sendo o estado com mais empreendimentos no vermelho no Nordeste e a sexta do país, segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian . Além disso, a quantidade de dívidas negativadas na região foi de 1,9 milhões, com valor total de R$ 4,8 bilhões. O levantamento ainda mostra que esses empreendedores têm em média 6 dívidas por CNPJ.
Na análise geral de empresas inadimplentes no país, o montante de dívidas negativadas atingiu 44,6 milhões em setembro, totalizando o valor de R$ 105,2 bilhões somente no mês de referência.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, mesmo que algumas variáveis econômicas demonstrem melhora, como a queda da inflação, para reverter o quadro de inadimplência é preciso de mais tempo. “A diminuição da inadimplência depende de uma melhora contínua e prolongada. Estamos começando a ver um cenário mais estabilizado agora, mas é necessária uma tendência positiva consolidada para que esse índice de fato comece a regredir”. Rabi também explica que a inadimplência é um indicativo em cadeia. “Quando os consumidores conseguirem limpar seus nomes, vão quitar suas dívidas com as empresas. Essas, por sua vez, com um melhor fluxo de caixa, poderão honrar os compromissos financeiros com parceiros e fornecedores e, dessa forma, a inadimplência da pessoa jurídica tende a diminuir”.
Outro recorte do índice mostrou que a representatividade dentre os negócios negativados é maior no setor de Serviços (53,3%). Em sequência estão: Comércio (37,7%), Indústria (7,8%), Setor Primário (0,8%) e Outros (0,4%).
Em setembro, o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian também revelou que 5,6 milhões de negócios de micro e pequeno porte estavam negativados. Um aumento de 5,0% na comparação ano a ano. O setor de Serviços teve a maior participação, de 52,2%, seguido pelo Comércio, com 39,4%. Em sequência estavam as Indústrias (7,9%) e Demais (0,5%). De acordo com o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, Cleber Genero, “as empresas menores tendem a demorar mais tempo para se reerguer, mesmo com a economia estável, por isso é importante planejar uma organização financeira e buscar soluções práticas que auxiliem a cobrança assertiva de clientes e a renegociação de dívidas com parceiros e fornecedores”.
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