_Daiana Sampaio relata discriminação após tentar contratar plano familiar para o filho de 9 meses em Itabuna (BA): “Aceitam qualquer pessoa, menos uma criança com Síndrome de Down_”
Nas mensagens trocadas via WhatsApp, o consultor identificado como Francisco Teixeira iniciou o atendimento oferecendo cotações de planos individuais, familiares e empresariais. Após enviar as idades dos familiares, Daiana questionou se poderia incluir o filho mais novo. Ao mencionar que o bebê tem Síndrome de Down, recebeu a resposta:
“Entendi, infelizmente não pode, amiga. Deseja realizar uma cotação sem ele?”
Indignada, a mãe questionou a decisão:
“Não tem lógica pagar plano para a família toda e deixar um filho fora desse plano”, respondeu Daiana.
O atendente informou que verificaria se havia outra opção que incluísse todos os membros da família, mas, segundo Daiana, não houve retorno.
“Meu filho se chama Davi Sampaio, ele tem 9 meses, nasceu com Síndrome de Down e não estou conseguindo encontrar um plano que o aceite. Eles aceitam qualquer pessoa, menos uma criança com Síndrome de Down”, desabafou a mãe.
A situação pode configurar discriminação contra pessoa com deficiência, o que é proibido por lei. O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) e a Constituição Federal proíbem qualquer forma de exclusão ou negativa de serviço por motivo de deficiência.
O caso acende um alerta sobre a necessidade de maior fiscalização nas operadoras de planos de saúde e o cumprimento das normas de inclusão, assegurando que todas as pessoas, independentemente de suas condições, tenham igual direito ao acesso à saúde.
A redação do Bahia Extra deixa aberto o espaço para que a empresa Select Saúde apresente sua versão dos fatos ou esclarecimentos sobre o caso.