É comum ouvir histórias de pessoas que vivem um verdadeiro conto de fadas por mensagens e promessas, mas enfrentam o silêncio e a ausência quando mais precisam de presença. A frase "ele diz que me ama, mas some" é o retrato de um comportamento confuso que deixa muitas mulheres (e homens também) emocionalmente abaladas e cheias de dúvidas. Afinal, o que isso realmente significa? Amor de verdade ou apenas palavras vazias?
A contradição entre palavras e atitudes
Amar, em essência, é mais do que declarar sentimentos. É estar presente, demonstrar cuidado, assumir compromissos e construir algo concreto. Quando alguém diz que ama, mas frequentemente desaparece, não responde mensagens, cancela encontros ou alguns por dias sem dar explicação, há uma clara desconexão entre o discurso e a prática.
Essa contradição é perigosa, pois mina a autoconfiança de quem está do outro lado. O parceiro começa a se questionar: “Será que estou exigindo demais?”, “Será que fiz algo errado?”, “Talvez ele realmente me ame, só esteja passando por problemas...”. E assim, o ciclo de esperança e frustração se repete, alimentando um vínculo emocional muitas vezes tóxico.
Os possíveis significados por trás do sumiço
Medo de compromisso
Algumas pessoas dizem que amam, mas não estão preparadas para o envolvimento real que o amor exige. Eles se encantam com a ideia, mas se recuperam quando percebem que isso envolve responsabilidade emocional.
Manipulação emocional
Infelizmente, há quem use o “eu te amo” como uma forma de manter o outro preso emocionalmente, sem a intenção de realmente assumir algo sério. É uma tática para manter outra pessoa disponível, mesmo sem oferecer estabilidade.
Imaturidade afetiva
Pode ser que a pessoa ainda não saiba lidar com os próprios sentimentos. Diz que ama porque sente algo intenso, mas não tem maturidade para sustentar um relacionamento saudável e consistente.
Outras prioridades ou envolvimentos
O sumiço pode indicar que uma pessoa está dividindo sua atenção com outras relações ou compromissos que considera mais importantes. Nesses casos, o "eu te amo" pode ser uma forma de manter a porta aberta enquanto decide o que quer de verdade.
Conflito interno
Alguns realmente parecem algo forte, mas estão passando por crises pessoais, traumas e inseguranças que os impedem de se entregarem. O amor pode ser real, mas a ausência mostra que ele não está pronto para isso.
O impacto psicológico de viver nessa montanha-russa
Relacionamentos com esse tipo de instabilidade emocional, sentimento profundamente a autoestima e o bem-estar. A ansiedade se instala, a expectativa cresce e o medo de ser eliminado se torna constante. Aos poucos, a pessoa começa a aceitar migalhas, contentando-se com poucas palavras bonitas, enquanto ignora a ausência de gestos concretos.
Essa relação pode gerar um ciclo de dependência emocional: o parceiro alguns, a saudade e o medo crescendo, ele reaparece com palavras doces, a esperança renasce — até o próximo sumiço. É um jogo emocional desgastante que, se não for interrompido, pode levar a consequências emocionais.
Como lidar com essa situação?
Observe as atitudes, não apenas as palavras. O verdadeiro amor se expressa em ações.
Estabeleça limites. Se o sumiço constante te machuca, diga isso claramente e defina o que você aceita ou não em uma relação.
Cuide da sua autoestima. Não aceito menos que você mereça por medo de ficar só.
Não romantize ausências. Amar não é sumir, é estar presente.
Procure apoio. Terapia ou conversas com pessoas de confiança podem ajudar a enxergar a realidade com mais clareza.
Conclusão
Quando alguém diz que você ama, mas desaparece constantemente, essa incoerência não deve ser ignorada. O amor verdadeiro não causa dúvidas o tempo todo. Ele traz paz, segurança e acolhimento. Se você está se sentindo em segundo plano, perdido entre palavras doces e silêncios dolorosos, talvez seja hora de parar de ouvir o que ele diz — e começar a prestar mais atenção no que ele faz (ou deixa de fazer). Coroa endinheirado
Lembre-se: quem realmente ama, demonstre. E quem alguns, não é presente — e presença é o mínimo que alguém que ama pode oferecer.
Fonte: Izabelly Mendes
