Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, ele dedicou mais de seis décadas à escrita, resultando em mais de 60 obras publicadas.
Affonso Romano de Sant'anna. Foto: Lina Faria / Biblioteca Pública do ParáAffonso Romano de Sant’Anna, um dos mais proeminentes escritores brasileiros, faleceu na 3°feira, 04, aos 87 anos, deixando um legado significativo na literatura e cultura do país.
Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, ele dedicou mais de seis décadas à escrita, resultando em mais de 60 obras publicadas.
Sua contribuição não se limitou apenas à literatura, mas também à educação e à gestão cultural, influenciando gerações de leitores e escritores.
Romano foi casado com a escritora Marina Colasanti, com quem compartilhou uma vida de intensa produção literária.
Ele enfrentou o Alzheimer desde 2017 e passou os últimos anos acamado. Sua partida deixa uma lacuna na literatura brasileira, mas seu legado continua vivo através de suas obras e da influência que exerceu em diversas áreas culturais.
Quem foi Affonso Romano de Sant’Anna?
Affonso Romano de Sant’Anna foi um escritor, poeta, crítico literário e gestor cultural. Ele lecionou literatura em instituições internacionais e dirigiu o departamento de letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Além disso, atuou como cronista em importantes jornais brasileiros, como o Jornal do Brasil e O Globo, onde suas crônicas eram amplamente lidas e apreciadas.
Na década de 1990, Romano assumiu a presidência da Fundação Biblioteca Nacional, onde implementou o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER), que permanece em vigor até hoje.
Durante sua gestão, ele também criou o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, fortalecendo a rede de bibliotecas no Brasil e promovendo o acesso à leitura.
Quais são as principais obras de Affonso Romano de Sant’Anna?
Entre as obras mais notáveis de Affonso Romano de Sant’Anna estão os três volumes de “Poesia Reunida”, que consolidam sua produção poética ao longo dos anos.
Outras obras significativas incluem “Como Andar no Labirinto” (2012), “Tempo de Delicadeza” (2007) e “Intervalo Amoroso” (1998). Seus escritos são conhecidos por explorar temas como a condição humana, a passagem do tempo e a busca por significado na vida cotidiana.
Romano também foi um crítico literário respeitado, contribuindo com análises e reflexões sobre a literatura brasileira e internacional.
Sua capacidade de dialogar com o público e de tornar a literatura acessível a todos foi uma de suas marcas registradas.
Affonso Romano de Sant’anna. Foto: Lina Faria / Biblioteca Pública do ParáQual foi a repercussão de sua morte?
A morte de Affonso Romano de Sant’Anna gerou uma onda de pesar no meio cultural e literário. O Ministério da Cultura (MinC) emitiu uma nota lamentando sua partida e destacando sua importância como escritor e gestor público.
Durante sua gestão na Fundação Biblioteca Nacional, ele foi responsável por grandes ações de incentivo à leitura, que continuam a impactar a sociedade brasileira.
Além de sua filha, Alessandra Colasanti, e de seu neto, Romano deixa um legado que transcende gerações. Sua contribuição para a cultura brasileira é inestimável, e suas obras continuam a inspirar leitores e escritores em todo o mundo.
O impacto duradouro de Affonso Romano de Sant’Anna
Affonso Romano de Sant’Anna não foi apenas um escritor prolífico, mas também um defensor incansável da leitura e da educação. Seu trabalho na Fundação Biblioteca Nacional e suas iniciativas para promover a leitura no Brasil deixaram um impacto duradouro.
Ele acreditava no poder transformador da literatura e trabalhou para garantir que mais pessoas tivessem acesso a esse recurso valioso.
Seu legado literário e cultural continua a influenciar novas gerações de escritores e leitores, mantendo viva a chama da literatura brasileira.
Affonso Romano de Sant’Anna será lembrado não apenas por suas palavras, mas também por suas ações em prol da cultura e da educação no Brasil.