Acusada de golpe em ação judicial, influenciadora baiana aciona a Polícia Civil e denuncia calúnia; entenda

Por Bahia Notícias 

Foto: Reprodução / Instagram

A digital influencer e nutricionista Mariana Uchoa é alvo de uma denúncia por um possível golpe envolvendo uma ação judicial. Também formada em Direito e aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Uchoa foi acusada de estelionato por uma vítima que alega que não teria recebido o valor de uma indenização em um processo em que a profissional atuou, segundo a Polícia Civil.
Com mais de 30 mil seguidores em uma das principais redes sociais, Uchoa atua como nutricionista, com cadastro vigente no Conselho Federal de Nutrição, e pediu licença do seu registro na OAB. A influencer divulga seu cotidiano nas redes, incluindo viagens, hábitos saudáveis e a rotina de atividades físicas, além da rotina de atendimentos em Salvador.
A Polícia Civil da Bahia confirmou ao BN que existem duas ocorrências registradas na instituição. "A primeira é pelo crime de estelionato em 2020, onde a 5ª Delegacia Territorial de Periperi investiga um estelionato após a vítima não receber uma indenização por danos morais de dois advogados que se apropriaram do dinheiro", apontou em nota.
Já a segunda ocorrência foi feita pela própria Mariana por calúnia. "Registrada na quarta-feira (1º), pela Delegacia Virtual, onde uma advogada diz que está sendo caluniada por aplicar golpes em clientes. A 9ª Delegacia Territorial da Boca do Rio vai apurar os fatos", acrescentou a Civil.
Procurada pelo Bahia Notícias, a Ordem dos Advogados do Brasil secção Bahia (OAB-BA) apontou que não divulga investigações disciplinares contra profissionais registrados e nem confirmou - ou negou - se existe alguma investigação interna sobre casos similares.

INFLUENCER REBATE ACUSAÇÕES

A influencer Mariana Uchoa se manifestou através do advogado, Ricardo Maia. "Mariana atualmente é nutricionista e digital influencer, mas já atuou como advogada em ações consumeristas. Por uma escolha de gestão de carreira se licenciou dos quadros da OAB para se dedicar com exclusividade a nutrição. Na época o escritório que ela advogava tinha uma grande carteira de ações com mais de 2000 processos ativos. Desse universo somente duas ações (1% um por cento) tiveram ruídos de comunicação com os clientes", explicou o advogado.
Segundo Maia, em um dos casos, a cliente não recordava ter outorgado poderes para ela e seu sócio representarem seus interesse contra uma empresa e, na outra, o problema seria o não cumprimento de um acordo. "Em ambos os casos as situações extremamente pontuais foram resolvidas com os clientes administrativamente e ambos se retrataram", apontou.
"Atualmente todas as investigações foram arquivadas com exceção de uma que ainda se encontra em curso por questões meramente burocráticas, mas que já conta com a informação da retratação da suposta vítima. Apesar de não ser a responsável direta pelos procedimentos mas por, a época, estar na procuração juntamente com outro advogado, Mariana acompanhou de perto a solução administrativa dos dois processos e as investigações no âmbito da polícia, MP e judiciário que em um dos casos já arquivou o procedimento e que no outro certamente terá o mesmo desfecho", descreveu representante de Mariana.
"Fora esses casos, já devidamente esclarecidos, não há qualquer fato que desabone o nome de Mariana. Qualquer tentativa de macular sua conduta por meio de notícias falsas ou manipulação de procedimentos judiciais vai ter resposta pelos meios judiciais cabíveis. Os responsáveis por espalhar notícias falsas nas redes sociais já estão sendo identificados e certamente serão levados à justiça", acrescentou.
O advogado indicou também que não apresentaria as provas documentais do alegado arquivamento dos inquéritos "em razão de conter dados sensíveis das partes envolvidas".
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