Tensão entre Rui Costa e Carlos Lupi teria sido causada por disputa política na Bahia; entenda

Por Mauricio Leiro / Leonardo Almeida

Foto: Reprodução | Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Os bastidores entre os ministérios em Brasília tem esquentado nas últimas semanas, tendo como protagonistas o ex-governador da Bahia, o ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa (PT), e o presidente nacional do PDT, o ministro da Previdência Social Carlos Lupi. Contudo, de acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, a faísca interministerial teria sido causada por conta de articulações pela disputa política na Bahia.
Segundo os bastidores, os embates teriam sido originados durante as eleições de 2022, quando o ex-governador emplacou no nome de Jerônimo Rodrigues para a disputa, enquanto o PDT declarou apoio ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União). Lideranças do PDT afirmaram que a integração dos pedetistas à chapa de Neto teria sido encabeçada pelo próprio Carlos Lupi.
Rui e o ministro da Previdência também teriam se encontrado no Aeroporto de Salvador, durante visita do pedetista ao estado. Na ocasião, Rui negociou um possível apoio do partido à candidatura de Jerônimo. Porém, Lupi, portanto, teria condicionado o apoio aos petistas a uma indicação para o vice, pedido que foi prontamente negado por Rui Costa.

O REFLEXO EM BRASÍLIA

Ainda não se sabe ao certo o impacto que os embates entre Lupi e Rui Costa causará à política da Bahia, mas as faíscas entre os ministros já estão tendo consequências em Brasília.
O primeiro desentendimento entre os dois foi causado por conta de uma declaração de Lupi sendo favorável a uma "antirreforma da Previdência”, o que foi criticado e negado por Rui Costa publicamente (relembre aqui).
Agora, o ministro da Previdência tem negociado um acordo para a taxa de juros do consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), assunto que também não tem agradado o ex-governador da Bahia.
Lupi e Rui devem se encontrar nesta sexta-feira (24) para finalmente bater o martelo sobre o tema. O ministro chefe da Casa Civil já adiantou nesta terça-feira (21) que a taxa de juros do empréstimo consignado para pensionistas do INSS deve ficar abaixo de 2%, mas superior a 1,7% (veja mais aqui).
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