Ministério dos Direitos Humanos anuncia semana pela recuperação da memória, verdade e justiça


Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) lançou um selo, na sexta-feira (24), em alusão à "Semana do Nunca Mais" – período dedicado à preservação da memória, da verdade, da luta pela democracia e justiça social, no qual uma série de iniciativas marcam a retomada das agendas institucionais.
Com o tema "Memória Restaurada, Democracia Viva", a Semana será efetivamente iniciada na segunda-feira (27). Em Brasília, o assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do MDHC, Nilmário Miranda, participará de ato na ponte Honestino Guimarães, que faz a ligação do Setor de Clubes Sul ao pontão do Lago Sul.
Ao ser inaugurada em 1976, a ponte recebeu o nome do presidente militar Costa e Silva. Em 2015, a ponte chegou a ter o nome alterado e, após decisão judicial, a ponte voltou a ser chamada pelo primeiro nome. Em 2021, um projeto de lei que retoma o nome de Honestino Guimarães foi aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, mas vetado pelo governador Ibaneis Rocha. No ano passado, o veto foi derrubado e a ponte voltou a ter o nome do líder estudantil brasileiro que, em razão de sua militância no movimento estudantil, foi preso por quatro vezes – da última prisão, em 1973, Honestino nunca retornou.
A Semana do Nunca Mais segue até 2 de abril, período que faz referência ao ciclo da história do Brasil em que o apagamento cultural e o autoritarismo tentaram mudar o curso dos acontecimentos reais e escusos aos interesses democráticos, progressistas e em defesa da dignidade humana. No dia 31 de março de 1964, o país sofreu um golpe militar que causou violações de direitos humanos já amplamente conhecidos.
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