L
Foto: Ricardo Stuckert
Durante sua primeira viagem internacional, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu desculpas a Argentina e afirmou que “relação está retomada”. Lula se encontrou com o líder argentino, Alberto Fernández, na Casa Rosada, em Buenos Aires, nesta segunda-feira (23).
“Hoje estou aqui para dizer ao presidente da Argentina, aos ministros argentinos; e dizer a imprensa argentina e brasileira, que hoje é a retomada de uma relação que nunca deveria ter sido trocada”, disse Lula.
Lula destacou “estar de volta” para fazer bons acordos com o país argentino, para “compartilhar a construção daquilo que falta ser construído”.
“Peço desculpas ao povo argentino por todas as grosserias que o último presidente do Brasil, que eu digo ser um genocida por falta de responsabilidade com a pandemia, por todas as ofensas que disse ao companheiro Fernández”, declarou o presidente Lula.
Para o petista, a prioridade será o restabelecimento de relações do Brasil com a Argentina e a América Latina, de forma simbólica, após quatro anos de afastamento do governo Bolsonaro. “Historicamente, o Brasil ficava de costas para a América do Sul e de frente para a Europa”, afirmou Lula.
Já Alberto Fernández elogiou Lula e o considerou um “líder regional e um grande estadista”. "Vamos criar um vínculo muito mais profundo do que tínhamos e que vai durar por muitas décadas”, afirmou.
Sobre sua reunião de portas fechadas com o presidente Lula, o líder argentino disse que os dois conversaram sobre potencializar e incrementar o Mercosul, bem como ressuscitar a Unasul. Para eles, é possível trabalhar pela interconexão elétrica e enérgica “que melhore a vida de nossos povos”.
Finalizando sua fala, Fernández se dirigiu a Lula novamente. “Querido Lula, a casa é sua. Nos encontramos em tempos difíceis, mas você tem um amigo incondicional em mim. E você tem milhões de amigos e amigas na Argentina. Te valorizamos”, finalizou.