Por Nuno Krause
Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Não foi a melhor exibição do Brasil sob o comando de Tite. No primeiro tempo, a estreia contra a Sérvia na Copa do Mundo do Catar foi nervosa. As chances foram criadas, mas ainda faltava um pouco do futebol que nos acostumamos a ver nos últimos anos. O que é compreensível, já que o adversário era duro e organizado.
O segundo tempo, contudo, foi uma avalanche. O Brasil mostrou porque tem o melhor futebol do mundo, algo de que estávamos carentes há muito tempo - talvez desde 2002. Toques rápidos, tabelas curtas, dribles secos e toques de genialidade que apenas o futebol brasileiro é capaz de oferecer. O gol de Richarlison é o exemplo perfeito disso.
Lá atrás, Thiago Silva e Marquinhos foram soberanos, respondendo ao técnico Dragan Stojkovic com maestria. Eles tiveram a ajuda, é claro, do incansável Casemiro. Como fez falta naquele jogo de quartas de final da Copa do Mundo de 2018, contra a Bélgica, hein?
Tite provou que o Brasil tem plena capacidade para jogar com quatro atacantes. Paquetá, apesar de não brilhar ofensivamente, cumpriu bem a função de segundo volante. Raphinha perdeu gols, mas foi um desafogo importante, principalmente na nervosa etapa inicial. Vinicius Júnior fez o que sabe fazer de melhor: partiu para cima e participou dos dois gols.
A preocupação é com Neymar, que saiu de campo lesionado. O entorse no tornozelo preocupa e, por mais que a Seleção não seja mais dependente do Camisa 10, não fica melhor sem ele. Digo isso não com base no jogo de ontem, que não foi dos melhores, mas no ciclo. Neymar é capaz de ajudar muito o Brasil.
Ainda há muito campeonato pela frente, mas uma coisa é certa: ninguém joga futebol como o brasileiro. Que o favoritismo se confirme, e o hexa venha.