Mais de 40% dos deputados federais que vão buscar reeleição declaram patrimônio milionário

Por Gabriel Lopes / Anderson Ramos

Foto: Agência Brasil

Dos 36 deputados federais baianos que vão buscar a reeleição, 17 declararam um patrimônio milionário na prestação de contas para o pleito de 2022, o que representa um total de 43%. O levantamento foi feito pelo Bahia Notícias com as informações disponíveis na plataforma "Divulgação de Candidaturas", do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quem lidera o ranking é Paulo Magalhães (PSD), que declarou R$ 15.918.337,10, valor menor que na eleição passada, quando o deputado afirmou ter R$ 16.683.655,72 em bens. O segundo na lista é Cláudio Cajado (PP) que teve aumento no valor declarado em quatro anos, passando de R$ 11.124.956,55 para R$ 12.912.674.
O terceiro colocado chama a atenção pela valorização do seu patrimônio no período entre as eleições. Entre 2018 e 2022, a riqueza de Jonga Bacelar (PL) mais que dobrou, passando de R$ 3.869.709,13 para R$ 9.917.969,00. Um crescimento significativo também foi registrado na declaração de José Rocha (União) que tinha R$ 6.966.401,79 há quatro anos e agora possui R$ 9.625.415,89. Fechando as cinco primeiras posições está Marcelo Nilo (Republicanos), que declarou ter R$ 5.796.785,07, valor um pouco maior do que na eleição passada com R$ 5.374.606,36.
Na parte de baixo de tabela, figuram em sua maioria parlamentares de primeiro mandato. Eleita pela primeira vez em 2018, naquele ano Dayane Pimentel (União) não registrou bens. Em 2022 declarou R$ 80.000,00 e figura com o menor patrimônio entre os parlamentares baianos.
Em seguida aparece o veterano Márcio Marinho (Republicanos), que está em seu quarto mandato. O presidente do partido na Bahia registrou pequena redução, com R$ 309.028,06 há quatro anos e R$ 300.308,33 agora.
Fechando o ranking dos menores patrimônios estão Leur Lomanto Júnior (União) que passou de R$ 341.660,21 para R$ 310.272,20; Joceval Rodrigues (Cidadania) foi de R$ 276.622,68 para R$ 344.145,76 e Tito (Avante) que aumentou de R$ 274.662,44 para R$ 348.706,70.
Igor Kannário (União) foi o único deputado federal a não declarar bens em 2022. Em 2018 ele também não havia cadastrado nenhum patrimônio no ato de registro da sua candidatura.
Mais de 90% dos deputados federais da Bahia vão disputar a reeleição em 2022. Dos 39 nomes, 36 buscam manter os mandatos na Câmara dos Deputados. Não disputam a reeleição os deputados Cacá Leão (PP), candidato ao Senado na chapa encabeçada por ACM Neto (União); Ronaldo Carletto (PP), suplente de Cacá e João Roma (PL), candidato ao governo da Bahia. Até o momento, o TSE já registrou 685 candidaturas de deputado federal na Bahia (saiba mais aqui).
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