
(Foto: Acervo Pessoal )
“Mamãe, olha, meu joelho ralou”. Uma frase comum para qualquer criança, mas que fez encher de lágrimas de felicidade os olhos de Patrícia Mota Barbosa, de 47 anos. Isso porque seu filho, de 10 anos, não nasceu como toda criança. Desde o parto, Vinícius carrega uma síndrome rara que o impedia de respirar sozinho e, consequentemente, de correr e brincar. Após anos na ventilação mecânica, carregando um cilindro de oxigênio e usando uma cadeira de rodas para se locomover, ele, como sua mãe mesmo diz, nasceu de novo. E ralar o joelho pela primeira vez foi só uma de suas conquistas.
A vida do garoto mudou totalmente graças a cirurgia que ele fez em junho, o primeiro implante de marca-passo diafragmático quadripolar realizado na Bahia, e que garantiu que Vinícius desse adeus para a cadeira de rodas.
“Ficar sem a ventilação, sem a cadeira de rodas, sem o cilindro é muito bom, mas muito bom mesmo. Eu me sinto mais livre sem aquela ventilação me atrapalhando, eu consigo andar agora, consigo jogar bola, é bom demais. Às vezes eu consigo correr pra pegar a bola e aí é gol”, descreve o menino, que mora com a mãe e o irmão de 23 anos no Cabula VI, em Salvador.
Patrícia cursa Farmácia e vive quase exclusivamente para ser mãe. Ela conta que o filho passou a usar a cadeira de rodas porque, quando andava, ele ficava sem ar. Sem contar que o cilindro de oxigênio com a mangueira que eram itens muito pesados para levar toda vez que ele fosse sair com a família. Leia mais ...