Conselho Regional de Medicina arquiva denúncia de grávida que teve bebê dado como morto na BA

Ao ter um sangramento, Fernanda foi para a emergência do hospital e ouviu do médico que ele não ouviu o coração do bebê. No laudo do exame também tinha a confirmação de que Lia estava morta. Foi colocada duas opções para Fernanda escolher: um procedimento de curetagem ou tomar uma injeção e esperar que o corpo expulsar naturalmente o embrião.
Fernanda lembra que sangrou durante 11 dias, mas os sintomas de gravidez continuaram. Ela passou mal e foi levada novamente para o hospital. No local, a mãe de Lia fez novos exames e para a surpresa dela e da família, um outro médico a avaliou e disse que o bebê estava vivo.
A alegria da auxiliar administrativa se misturou com angústia. A família decidiu denunciar o caso ao Cremeb e também moveu uma ação na Justiça.
O Conselho analisou o caso e decidiu pelo arquivamento. Na decisão entregue para Fernanda, o Cremeb declarou que teve a nítida impressão de que faltou experiência, inclusive de cunho obstétrico, por parte do médico e que a conduta mais usada é esperar para repetir o exame com sete dias.
Conforme o Cremeb, diante da ausência do embrião, deveria aguardar a expulsão espontânea. Declarou também que sem dano, não há como falar em indícios de infração do médico. "Eu fiquei surpresa. Não imaginava que eles iriam se reunir e não encontrar um erro, sendo que o erro houve e minha bebê está aqui. Injusto comigo, injusto com a minha filha, aí outras mulheres podem passar pelo mesmo erro", afirmou a mãe de Lia.
O advogado Luiz Vilson contou que todos receberam com surpresa o parecer do Cremeb e que já recorreram da decisão. "Lógico que não concordamos com ela, então já recorremos com o Conselho Regional de Medicina, também já entramos com ação cível por danos materiais e morais por erro médico. Esperamos a decisão e agora é aguardar tanto a decisão da Justiça comum quanto do Cremeb", disse o advogado.
A vida de Lia é tratada como um milagre para a família, mas todos estão apreensivos. Fernanda vive uma gestação bem diferente daquela que ela esperava, depois do trauma no início. Ela conta que desde o ocorrido passou a ter medo a cada vez que vai ao médico, a cada novo exame e sempre que acorda espera a filha mexer. Se isso não acontece, a auxiliar administrativa afirmou que sente angustia e medo novamente.
Fernanda disse que só vai conseguir descansar quando tiver Lia nos braços. A auxiliar administrativo ainda teme que a injeção, que tomou para o aborto, possa ter gerado sequelas na bebê. "Todos os dias eu digo que só vou ter paz quando essa menina tiver no meu colo", desabafou.
O g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina, mas até a última atualização desta reportagem não recebeu posicionamento sobre o caso.
Ao ter um sangramento, Fernanda foi para a emergência do hospital e ouviu do médico que ele não ouviu o coração do bebê. No laudo do exame também tinha a confirmação de que Lia estava morta. Foi colocada duas opções para Fernanda escolher: um procedimento de curetagem ou tomar uma injeção e esperar que o corpo expulsar naturalmente o embrião.
Fernanda lembra que sangrou durante 11 dias, mas os sintomas de gravidez continuaram. Ela passou mal e foi levada novamente para o hospital. No local, a mãe de Lia fez novos exames e para a surpresa dela e da família, um outro médico a avaliou e disse que o bebê estava vivo.
A alegria da auxiliar administrativa se misturou com angústia. A família decidiu denunciar o caso ao Cremeb e também moveu uma ação na Justiça.
O Conselho analisou o caso e decidiu pelo arquivamento. Na decisão entregue para Fernanda, o Cremeb declarou que teve a nítida impressão de que faltou experiência, inclusive de cunho obstétrico, por parte do médico e que a conduta mais usada é esperar para repetir o exame com sete dias.
Conforme o Cremeb, diante da ausência do embrião, deveria aguardar a expulsão espontânea. Declarou também que sem dano, não há como falar em indícios de infração do médico. "Eu fiquei surpresa. Não imaginava que eles iriam se reunir e não encontrar um erro, sendo que o erro houve e minha bebê está aqui. Injusto comigo, injusto com a minha filha, aí outras mulheres podem passar pelo mesmo erro", afirmou a mãe de Lia.
O advogado Luiz Vilson contou que todos receberam com surpresa o parecer do Cremeb e que já recorreram da decisão. "Lógico que não concordamos com ela, então já recorremos com o Conselho Regional de Medicina, também já entramos com ação cível por danos materiais e morais por erro médico. Esperamos a decisão e agora é aguardar tanto a decisão da Justiça comum quanto do Cremeb", disse o advogado.
A vida de Lia é tratada como um milagre para a família, mas todos estão apreensivos. Fernanda vive uma gestação bem diferente daquela que ela esperava, depois do trauma no início. Ela conta que desde o ocorrido passou a ter medo a cada vez que vai ao médico, a cada novo exame e sempre que acorda espera a filha mexer. Se isso não acontece, a auxiliar administrativa afirmou que sente angustia e medo novamente.
Fernanda disse que só vai conseguir descansar quando tiver Lia nos braços. A auxiliar administrativo ainda teme que a injeção, que tomou para o aborto, possa ter gerado sequelas na bebê. "Todos os dias eu digo que só vou ter paz quando essa menina tiver no meu colo", desabafou.
O g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina, mas até a última atualização desta reportagem não recebeu posicionamento sobre o caso.
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