Incêndios provocados por onda de calor forçam retirada de moradores na Itália e na Grécia

Foto: Reprodução/Pixabay

Depois de as temperaturas atingirem níveis altos em diversos países da Europa, serviços de emergência amanheceram na quarta (20) combatendo o fogo que assola florestas na parte sul do continente.
Cerca de 500 moradores de Lucca, na região italiana da Toscana, tiveram de deixar suas casas após um incêndio florestal atingir a cidade e causar a explosão de tanques de gás. Mais ao norte, na área de Trieste, a extensão das chamas chegou a ultrapassar a fronteira com a Eslovênia -a prefeitura local alertou que partes da cidade na Itália devem ficar sem fornecimento de energia elétrica e de água.
Na Grécia, residentes também tiveram de ser retirados devido ao fogo que consumiu a vegetação do Monte Pentélico, no norte de Atenas. Numa operação com 500 agentes, helicópteros dos bombeiros derramaram água sobre o local. Ventos fortes, de 80 km/h, porém, dificultaram a contenção do fogo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta quarta (4) que a crise climática está acelerando a ocorrência dos incêndios, o que, segundo ele, levará à imposição de mudanças estruturais nos países.
A declaração do chefe do Eliseu, no entanto, foi dada no dia em que o clima foi mais ameno na França. Dos cerca de 40 °C registrados na terça, os termômetros marcaram temperaturas na casa dos 20°C nesta quarta, e a queda ajudou a controlar os focos de fogo que atingiram com voracidade o sudoeste do país.
Por outro lado, houve aumento da temperatura na Espanha, na Grécia, na Itália e em Portugal, onde o fogo já consumiu mais de 10 mil hectares desde domingo e onde mais de mil mortes foram ligadas ao calor.
Diversas viagens de trem a partir de Londres foram canceladas, escolas, fechadas, e trabalhadores, orientados a trabalhar remotamente -poucas casas, porém, possuem ar-condicionado, e a maioria delas foram construídas para reter calor. Em meio ao estado de emergência nacional, um incêndio de grandes proporções atingiu Wennington, a leste de Londres, destruindo muitos imóveis. A fumaça pôde ser vista sobre o rio Tâmisa, e moradores da região foram tirados de suas casas por segurança.
O prefeito da capital inglesa, Sadiq Khan, afirmou que os bombeiros enfrentam “imensa pressão”. A corporação, que em média recebe entre 300 e 350 chamados por dia, precisou atender a mais de 1.600 solicitações na terça. O chefe de Londres também pediu que os cidadãos não deixassem vidro ou bitucas de cigarro no chão e não fizessem churrascos na grama ou em balcões de madeira, para evitar incêndios.
Serviços de emergências também ficaram sobrecarregados com os chamados para atender pessoas com tonturas, desmaios e dificuldade para respirar. Assim como na França, porém, as temperaturas nesta quarta foram mais baixas, e a máxima foi de 27 ºC em Londres, segundo o serviço de meteorologia local.
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